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Professores da rede estadual retomam greve

Mobilização é contrária à aprovação de projeto que permite retirada de recursos do Paraná Previdência

Londrina – A mobilização dos servidores públicos do Paraná contra as alterações no Paraná Previdência ganhou mais aliados. Os professores da rede estadual de ensino decidiram ontem retomar a greve suspensa em março. A medida foi anunciada durante assembleia estadual realizada pela manhã em Londrina. Participaram do encontro cerca de 3 mil profissionais da Educação.

A greve geral tem início às 7 horas de segunda-feira, quando professores deverão estar na porta das escolas orientando a comunidade escolar sobre a decisão. Segundo Arnaldo Vicente, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), Arnaldo Vicente, a decisão pela greve foi tomada porque "o governo rompeu o acordo que fizemos". "Ele disse que iria negociar conosco, mas atropelou a negociação, levando o projeto para a Assembleia", justificou.

Vicente ressalta que o debate sobre o projeto de lei 252, que permite a transferência de R$ 142 milhões por mês do Paraná Previdência para o caixa do governo, precisa ser debatido pela sociedade antes de se tornar pauta de votação na Assembleia Legislativa. Ainda de acordo com Vicente, ainda não é possível dizer se a paralisação é uma greve por tempo indeterminado ou se deverá durar apenas esta semana. "A hora em que conseguirmos retomar a negociação sobre a Previdência, a greve termina", assinalou. Uma nova assembleia estadual deve ocorrer nos próximos dias.

Os professores reivindicam ainda reajuste salarial de 13,01%, enquadramento de aposentados e melhorias no Sistema de Assistência à Saúde (SAS). Uma liminar obtida no Tribunal de Justiça ontem pela Assembleia Legislativa prevê multa de R$ 100 mil por dia aos sindicatos caso haja ocupação ou bloqueio da Casa, na votação do PL 252.
Antoniele Luciano
Reportagem Local-folha de londrina
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