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TCU investiga parcerias do governo federal com prefeituras e ONGs do PR

Objetivo é descobrir onde foram parar os recursos da União para obras.
Em Campo Largo e Piraquara, unidades de saúde estão atrasadas há anos.

Do G1 PR
Um levantamento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que 765 convênios com prefeituras e entidades não-governamentais no Paraná estão com atraso na construção de prédios e dependências que deveriam servir à população do estado. O TCU investiga a destinação do dinheiro. No caso das prefeituras, por exemplo obras como unidades de saúde ainda estão pela metade, quando deveriam ter sido entregues há anos.
Municípios e entidades que estão com obras atrasadas já receberam as notificações do TCU para explicar onde foi parar o dinheiro dos contribuintes. Num primeiro momento, a fiscalização vai se concentrar em 75 contratos com mais atraso, mas deve, numa segunda etapa, ver o andamento dos outros.
Entre esses contratos está o da Prefeitura de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, para a construção de uma unidade de saúde. A obra começou a ser construída em 2009, com prazo de entrega para 11 meses. Em outubro de 2014, o prédio está em pé, alguns móveis são vistos dentro do local, mas a unidade ainda não atende a população que precisa. O investimento total já chega a R$ 2 milhões. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara de Vereadores já investigou o caso, mas a obra continua parada.
Em Piraquara, também na Região de Curitiba, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) deveria ter sido entregue em 2002. Diferente da obra de Campo Largo, que pelo menos já tem pintura e alguns móveis, a obra da UPA foi largada pela metade. Cerca de R$ 1,5 milhão foram investidos pelo Governo Federal, mas a construção está abandonada e sem prazo para ficar pronta.
O secretário do TCU Luiz Gustavo Andrioli explica que as prefeituras e entidades deverão responder a processos que devem explicar a destinação dos recursos. “Ele vai ter um processo no TCU para a devolução desses valores. Grande parte das falhas, da falta de efetividade decorre da falta de gestão, de boa gestão, de governança”, avalia.
Em nota, a prefeitura de Campo Largo informou que aguarda a liberação de recursos do Ministério da Saúde, para a compra de equipamentos para a unidade de saúde. Já a Prefeitura de Piraquara diz que quer cancelar o contrato com a construtora que não respeitou os prazos. A partir disso, deverá ser feita uma nova licitação, que ponha a obra em andamento novamente.
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