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SEMANA DE ELEIÇÕES - Após promessa do governo, policiais federais suspendem greve


Celso Felizardo
Como alternativa à greve, grupo de agentes se reuniu em frente à Delegacia da PF em Londrina
Curitiba - O esforço do governo federal para conter uma greve da Polícia Federal na semana do segundo turno das eleições presidenciais deu resultado. Após a promessa dos ministros da Casa Civil, Valdir Simão, e de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, a Federação Nacional dos Policiais Federais decidiu suspender a greve que começaria ontem. Segundo a federação, os ministros assumiram o compromisso de que o governo irá rever a Medida Provisória 657/2014, que cria prerrogativas políticas para o cargo de delegado, retirando a autoridade e a perspectiva profissional dos demais cargos policiais.

À FOLHA, o agente Rogério Alcântara Rodrigues, representante sindical na região de Londrina, contou que a categoria optou pela suspensão da paralisação também por conta de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que manteve a proibição adotada durante a Copa do Mundo, estabelecendo multa diária de R$ 500 mil aos sindicatos em caso de descumprimento. Como alternativa à greve, um grupo de 26 agentes se reuniu em frente à Delegacia da Polícia Federal em Londrina. Eles traziam camisetas com frases como: "S.O.S. Polícia Federal" e "Agentes federais contra corrupção".

Sem citar a proibição pelo STJ, o presidente Fenapef, Jones Borges Leal, afirmou que "a suspensão da greve mostra que o movimento sindical da PF é apartidário e justo". "Só queremos trabalhar em paz e sermos reconhecidos pelo nosso esforço e dedicação. Estamos há quase seis anos com salários congelados e nossas atribuições são realizadas na informalidade, pois não temos uma Lei Orgânica que reconheça nossas atividades de inteligência, análise criminal e perícias". A federação condiciona a suspensão da greve à não tramitação da MP, nesses termos, no Congresso e à aprovação do Plano Especial de Cargo de Departamento de Polícia Federal.

Uma reunião entre os representantes dos ministérios da Justiça, Planejamento e Casa Civil e a Fenapef, prevista para hoje, vai tratar das reivindicações dos agentes. Após a reunião, os policiais deverão decidir em assembleia os rumos do movimento.(Colaborou Celso Felizardo)
Roger Pereira
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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