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Policiais federais fazem paralisação de 72 horas no Paraná

Categoria é contra Medida Provisória que afeta carreira do servidor da PF.
A partir das 18h30 desta terça-feira (21) haverá uma mobilização nacional.

Do G1 PR
Após a mobilização nacional dos policiais federais, marcada para as 18h30 desta terça-feira (21), os agentes que atuam no Paraná paralisarão as atividades por 72 horas. De acordo com representantes do Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná (Sinpef-PR), a suspensão das atividades pode comprometer todos os serviços prestados pela instituição. No estado são 700 policiais federais, e a expectativa é de que 600 participem da mobilização. Os profissionais protestam contra a Medida Provisória 657/14, que reorganiza as carreiras de servidores efetivos da Polícia Federal (PF).

 A medida restringe a delegado da classe especial (último nível da carreira) o cargo de diretor-geral da PF. O texto ainda estabelece que o cargo de delegado só poderá ser exercido por bacharel em Direito que tenha, pelo menos, três anos de atividade jurídica ou policial.

Entre os serviços que poderão ser comprometidos estão o atendimento de estrangeiros, emissão de passaportes e a fiscalização nos postos de fronteira e nos aeroportos, além do cumprimento de mandados de prisão e investigações em andamentos.
As organizações que representam os agentes são contrárias à exclusividade. Elas avaliam que a Medida Provisória centraliza a direção e o poder de todas as atividades da instituição em um único cargo.

"São quatro das cinco categorias da PF, formada por agentes, escrivães, papiloscopistas, peritos e delegados, protestando contra esta curiosa medida provisória editada na semana passada. Concentrar o poder nas mãos dos delegados inviabiliza todo o acordo feito com o governo federal em 2012 e que terminou com a greve de 69 dias", comentou a presidente do Sinpef-PR em Foz do Iguaçu, Bibiana Orsi. A delegacia da fronteira é a maior do país.

“Querem acabar com a Polícia Federal. O povo não pode aceitar isso. Nós queremos radicalizar para que a população acorde e possa pedir para que o governo se sensibilize com isso”, acrescenta Fernando Augusto Vicentini, que é um dos representante do Sinpef-PR, em Curitiba.

Mobilização regional
Em Guarapuava, na região central do estado, os policiais federais não vão aderir à mobilização. Em Maringá, a definição sobre a adesão à mobilização sairá no período da tarde. Já em Ponta Grosa, nos Campos Gerais, apenas 30% dos agentes continuarão trabalhando. O mesmo ocorrerá em Foz do Iguaçu, e em Londrina, na região norte do estado. Já em Curitiba, até as 12h, o sindicato não havia informado se seriam mantidos os 30% dos servidores.
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